
Quando a ausência se transforma
Data 31/10/2009 15:28:25 | Tópico: Poemas
| Olho as colinas à minha frente, vejo o meu corpo nu moldado pelas tuas mãos feitas de palavras que me tocam e que me querem quentes e húmidas.
Sinto o silêncio à minha volta. Agarro-o num beijo dado pelo teu murmúrio que me inquieta e me embriaga deixando-me voluptuosa ao poema.
Gostava que viesses. Que enganasses a ausência iludisses o silêncio e viesses beber da nascente do meu corpo, saciares-te na minha carne e descansares nas montanhas volumosas do meu peito.
A solidão ficou presa nas grades da ilusão. O silêncio fez de manto ao encontro. A ausência transformou-se em sonho. O mesmo sonho que escrevi em poema. E correste como rio bravo no meu corpo ansioso.
Deleitei-me libidinosa junto do sol dos teus olhos. Pedi-te que me desses o azul do céu e com ele o ar fresco de uma manhã.
O calor era intenso. As carnes já vermelhas escorriam paixão. E tu vieste. E ofereceste-me um céu perfeito com estrelas a gritar orgasmos cintilantes.
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