No altar da esfera silenciosa

Data 31/10/2009 18:18:19 | Tópico: Poemas



Sou um prazer que parte, em viagem no desconhecido,
uma leve paisagem, um ser que renasce, alma, tropeça,
nos degraus obscuros da passagem estreita.

Passo as colunas aladas, as esfinges me esperam,
guardo fantasmas nas névoas do meu olhar,
carinhos raptados, de uma nuvem que passa,
amores que se gelam, na caminhada cansada.

Realizo promessas de encantos afinados,
cheias, sorrisos, apertos, manhãs Outonais, tardes soterradas.

Sofro pela pele, sem toque, sem alma,
sem chama, gelada.

Alerto-me tarde, cedo na demora,
encaminho o sangue, no altar da esfera silenciosa,
derrubo barreiras, fortalezas de pedras sonhadas,
construo castelos, catedrais de muralhas castradas.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=105162