A ultima tela que matizo

Data 02/11/2009 19:34:33 | Tópico: Poemas


Sento-me no sótão das recordações
Na frincha consciente da alma
Num recanto abandonado pelo tempo
Permanece altiva, tímida, silenciosa
A ultima tela que matizo

Em cada pincelada
Em cada cor, em cada esbatido
Pulsa sentires desmedidos
Ciente do tempo que não perdura

Tonalidades coloridas e acinzentadas
Desabrocham tal estados de alma
Ensombradas pelas agruras da vida
E a tela colora-se lentamente
Com cada pedaço de alma latente
Mistura-se as cores do arco-íris
Com o negro da noite
No branco pérola do presente.

Sentada no sótão das recordações
Pinto a ultima tela, lentamente

Escrito a 2/11/09



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