espero pela MIM no hospital

Data 04/11/2009 20:10:26 | Tópico: Textos -> Humor

Quando se gosta de literatura mesmo que se leia pouco, que é o meu caso, mesmo se escreva pouco e mal e que é o meu caso, procuramos na mesma ler mesmo que seja pouco, que é o meu caso, não se aprende muito, que é o meu caso.

Mesmo lendo pouco, eu tenho conseguido aprender com os excelentes autores (que não é o meu caso) que compõem o painel do Luso-Poemas que faz o favor de me aceitar no seu seio e atenção, eu falo do seio do Luso-Poemas e não do seio do Trábis, nada de confusões.

Leio e recebo convites da editora para assistir à apresentação de novos livros da autoria dos autores do Luso-Poemas, longe estou e não é possível estar presente .

Morro de inveja! Saber que amigos meus que mesmo sendo amigos ou amiguinhas que não conheço fisicamente, vão publicar um livro, morro de inveja, mas fico feliz por eles ou elas..

E porquê morro de inveja? Não porque ele ou elas publicam, não, morro de inveja por não ser capaz de escrever como eles para ter também esse prazer!.... Publicar um livro!
Pois, mas publicar por vaidade, não, publicar por ser um bom autor sim!

Pensei em tudo isto e como as minhas capacidades intelectuais (isto é que é falar) não são famosas,
comecei a beber uns copitos para esquecer. Bebia um copo, esquecia-me que já tinha bebido, bebia outro e até houve alguém que me disse que eu sofria da doença de Halzeimer (é assim que se escreve?, já esqueci)
Sempre que um livro era publicado, um copito, outro livro dois copitos, três livros, três copitos e por aí fora até ao vicio.

E o que devia acontecer, aconteceu.

A Cristina Moita , a nossa querida MIM, vai apresentar o seu livro! Fiquei feliz por ela, como aliás, fico por todos os que publicam, mas a Mim, é especial, talvez porque seja uma adversária viril em defesa do seu Benfica, então bebi o dobro.

Quis estar nessa apresentação, fiz das tripas coração e lá fui, até calhou bem, em Vila Franca de Xira festejava-se o Barrete Verde, se fosse vermelho tinha voltado para casa, mas não, era mesmo verde.
Mas fiquei com a impressão que me enganei na data, sem importância.

Entre castanhas e água-pé, nem queiram saber, apanhei cá uma perua, que não sei como, encontrei-me no largo da praça de touros metido numa largada desses bichinhos muito agradáveis e simpáticos.

De repente, fiquei de cara a cara ou de cara a cornos, ou de cornos a cara como queiram, já nem sei bem, com dois toiros, um que era e outro que não era.

Oh diabo, disse eu, com os copos que tinha no bucho, nem sabia o que dizia e o animal tomou a mal
pensando que eu lhe chamava diabo e avançou para mim com os cornos todos.

Eu, quando era jovem quis ser toureiro, aproveitei ali para fazer uma faena. Os toiros avançaram, fintei o que não era, veio de lá o que era... e meus amigos.... ainda hoje estou à espera que a MIM me venha visitar ao hospital onde me encontro com uma perna às costas.

A. da fonseca







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