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Data 05/11/2009 16:45:48 | Tópico: Sonetos

No planalto onde vagueiam os sentidos
Por vezes a neblina chorosa me envolve
Como se fosse um manto que tudo encobre
Mesmo assim deixo que me guiem os anelos

Que me elevam a ti, e ao sabor dos teus lábios
No planalto onde perdida sou pobre
Transmudo o verbo que se inibe, mas descobre
Que o dia é inútil se por breves momentos

Cair na tentação de te esquecer, enfim
Faço parte de ti e tu és a minha costela
Somos átomo de uma galáxia longínqua, sim

Até a discórdia é uma enorme janela
Onde se avista o planalto e dançamos ao luar
Envoltos no verbo que é amar… segura cidadela.

Antónia Ruivo


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