
*O Vento* O vento que soprou distante Chegou numa languidez suave Trazendo na vertente avante Mordaz saudade em conclave......
As notas trepidaram ausentes Nenhum clarão servil, embalde, Para regar a terra em presentes Da palavra que voou na tarde..
Entrei sem permissão na casa Silêncio e solidão rosnaram Só o perfume e palavra rara...
Sentei na almofada vi a mão Que dedilhava numa contramão Canções suaves que encantaram.
SoniaNogueira
São simples aparências, nada mais, A voz que sussurrante me chamava, A ausência de teus olhos sensuais O frio toma a casa, afasta a lava.
O vento me responde: nunca mais, Silêncio corta a noite, quem amava Agora tão distante diz jamais. O velho coração, a firme trava.
Vagando pela sala, sem respostas, As velhas esperanças decompostas Expostas ilusões férrea saudade.
No quanto fui feliz e não podia, A noite se prepara e mata o dia, Aonde encontrarei felicidade?
Marcos Loures Médico mineiro e grande sonetista
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