Fui sombra, sou céu, serei mar...

Ja descalço de amor, caminho alem do teu olhar que me deixou partir. Outrora imagem límpida para ti, ontem a névoa do teu passado. Por entre os lencois frios da tua cama, fomos chama de Verão, ontem o quente de meu corpo era réstia de sangue que contive e nao chorei.
Fui sombra no teu passado...

Continuando descalço, a vida não me deixa parar, cada vez mais longe do teu olhar que me deixou partir... e hoje... Caminhas pela rua, esquecida de tudo o que vives-te murmurando ao ceu o que perdes-te. A cama de lencois frios, ja nao aquecem com a mesma paixão, alguém que partiu em sonhos de Verao. A restia de sangue ja nao me aquece... chorei, a perdi... sou frio...
Sou ceu nos teus devaneios...

Sou anjo deixei de caminhar...
Vislumbro uma mar intenso e agitado. Na falesia estas tu, sentada... sento-me do teu lado, beijo teu rosto para secar as lagrimas. Estou aqui como sempre estive, não me vez eu sei, nunca me viste...
Sim sou eu, sou o teu mar, as tuas lagrimas...