Quem sabe!

Data 10/11/2009 18:31:31 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Tinhas tanta sede
e com a água aí
tão perto!
Gastaste as unhas a cavar,
feriste a ponta dos dedos,
mas a água não brotou
e nela não pudeste molhar,
os teus lábios
que de tão secos,
se gretaram, a sangrar.

Caminhavas por caminhos
que tão bem tu conhecias.
Núvens baixas te mostravam
o céu que tu bem vias,
mas nunca os dedos o tocavam.
Desdita, impotência, má sina,
destino, ou o que seria;
Tu nunca chegaste ao céu
e estando o céu em ti,
nunca o céu te cobria...


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