MODERNA SOLIDÃO

Data 11/11/2009 13:36:12 | Tópico: Poemas


Grande ser solitário,
Que não chora,
Que não lamenta,
Que tem prazer,
Em seu mundo organizado,
Independente, indiferente...

Fez das máquinas necessidade,
Da família produto
Para consumo futuro,
Quem sabe?
Do amor artigo descartável,
Que pouca falta traz,
Ao claustro confortável
Em que habita o solitário moderno.

O casamento,
Como qualquer coisa que dê prazer,
Mas, alguma dose de desprazer,
É paramento de uso restrito.

São felizes por não ter horário,
Para fazer,
Para o prazer,
Muito menos para sofrer.

Erguem seus ninhos
Em altos espigões,
Como as grandes aves de rapina,
Gostam das alturas,
Ali se sentem mais sozinhos.









Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=106630