MARES DE OUTRORA

Data 29/06/2007 16:22:01 | Tópico: Sonetos




Na perfeição dos dias imperfeitos
Vislumbro ao longe o rio em sua vastidão,
Parece-se com lustres ou meigos leitos
Onde vou deitar incólume minha razão.

E descendo sobre mim o fútil pensamento,
Das horas acordado em que me perco,
Vejo luas e dos planetas o complemento
Quando giram sobre mim aqui por perto.

Pensar é nada e a razão sem fundamento
Anda de olhos fechados, tributando
À alma subtil todo o seu discernimento.

Mares de outrora, gavinhas e assunções,
Ainda hoje as vejo ao longe lutando,
Por uma despedida cheia de emoções.

Jorge Humberto
28/06/07


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=10715