À janela de uma qualquer Marilyn - 1

Data 15/11/2009 23:49:56 | Tópico: Poemas

1.

com os olhos de fogo
em saldo comprados
mesurei-te os seios
que
como o’neill
sei-os de cor

e sabendo-os de menta
neles vislumbrei formol
por esses dias de exéquias

e uísque
das mais altas terras
prateleiras
alambiques de vãos de escada

e trepei cada degrau
que me levavam da cintura
aos seios
os que de cor sei

ah porra édipo
por que te foste de mim
que agora tanto jeito me davas

e pernoito
como gato à janela
medindo o salto
para o telhado defronte
onde outra como tu mata um cigarro
roendo as unhas da angústia

mas com seios de copa menor

Xavier Zarco



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