
ZORRO E PANTERA
Data 16/11/2009 14:44:20 | Tópico: Poemas
| Zorro e Pantera corriam pelo estábulo Como se não só aquele sitio, mas também Todo o mundo livre lhes pertencesse. Zorro era um lindo cavalo árabe com Uma mancha negra em cima dos olhos Que lhe rendera esse nome. Pantera era um égua negra e de puro sangue, lustrosa, vaidosa e de uma beleza Indomável como todas as fêmeas. A pequena Scheila demonstrava ter tanto Fôlego quanto esse garanhões ao chegar Correndo da escola para apreciá-los E montá-los a tarde toda pelas estâncias Bucólicas e utópicas daquele arraial. Ela tirava o saiote axadrezado, prendia O cabelo vestia suas calças de jóquei e corria Para o rancho onde aquelas duas "belezas" Pareciam aguardá-la para mais uma tarde De galopes e idílios no sarau daquela infância. Mas ao chegar próxima à cerca, Scheila nota Uma coisa diferente naqueles dois cavalos. Uma coisa que ela desconhecia e nunca havia notado antes. Scheila parou e viu que Zorro cheirava de uma forma diferente Pantera, que por sua vez Lhe retribuía o cheiro numa relação mais íntima E para aquela garotinha, fora do normal. Zorro ficava cada vez mais agitado com a passível Pantera que se entregava num prazer estranho e até então totalmente novo e curiosos para a Inocente Scheila. A calda dos dois se eriçavam, suas cabeças balançavam e como não podia deixar de ser, A excitação de Zorro vinha à tona. Era o bastante para aquela menina pré-adolescente E confusa, começar com suas mil perguntas que com certeza faria para um adulto que estivesse próximo, e com suas mil curiosidades sobre si própria; começar a se explorar, cavalgando com suas mãos singelas, cavidades e partes do corpo que até então sua infância Indomável e tão viril quanto aqueles puros sangues, não conhecia. Seus pensamentos também galopavam em sonhos estranhos e sensações esquizitas para aquela inocência. Seus desejos pareciam não só terem aflorado, Mas também tomado e "montado" em seu corpinho Que corria e pulava de prazer com aquela cena. Scheila era então apresentada a uma nova estrada De sua vida! De caminhos longos, estranhos, curiosos e saborosos. Estrada essa, onde a fantasia lhe presenteava Com unicórnios, príncipes e cavaleiros andantes. Num galope incessante até chegar num arraial maravilhoso, o qual chamavam de "orgasmo". Mas antes de chegar lá, sua tia Sandra a puxara pela orelha. Seu galope naquele dia fora interrompido, mas com certeza a tropa hormonal antes encurralada naquelas calcinhas de jóquei, montariam e correriam de novo em algum momento. E sendo puxada para dentro de casa, Scheilinha olhava para um pântano próximo dali. E aquele pântano... o que mais lhe reservaria?!...
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