Amarga Solidão
Deveras o sabor amargo que sentira, Da bebida angustiante da solidão. Restava apenas um fiozinho de esperança. Uma pequenina luz do alto de um farol distante. Era um caminho mais longo a percorrer Em busca de um amor perdido. O que faltara? Faltara a inspiração? Ou a vontade de viver um grande amor? Era apavorante essa espera. _ E, no entanto, Excitante a travessia de um mar revolto. Ah! Como era lindo! Sentir a solidão Desaparecer como num passo de mágica, E nos braços do amor adormecer! Ah! Como é belo beijar-te à distância. Sentir seu rosto corar-se. _ Nos olhos Um desejo intenso de um brilho arrebatador! E sobre o teu corpo deito-me entre O brilho do céu estrelado, selando assim O nosso destino; como um cântico divino; O cântico do amor!
Izaura N. Soares
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