HOJE DESA(T)FINO

Data 18/11/2009 16:53:45 | Tópico: Poemas

Desculpem-me os poetas de eleição
(ou os pseudo-poetas que o são...),
não encontro poesia em artifícios
de palavras rebuscadas sem sentido
que lhes valha a palavra sentimento!
Perdoem-me...
Talvez eu esteja aquém do alcançar,
velho da praia em desdém do além-mar,
mas não vislumbro emoção no desbravar
de metáforas construídas em charadas,
peças soltas que não dão para encaixar
num sentido mensageiro e condutor...
Perdoem-me, serei eu a parte inculta,
mas peco se me perco nas entranhas
enfatuadas de ardilosas artimanhas
disfarçadas de palavras ostensivas,
imprecisas, descabidas,
que, espremidas,
nada dizem do que eles querem dizer,
ou sequer do que eles dizem querer,
ou se dizem...
vá lá o diabo entender!?...
Ainda assim, eu pecador me confesso,
ainda acho,
ainda penso,
que há teclas tão batidas em tormento,
que, lamento,
pobres teclas,
não vão durar grande tempo!...



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=107611