Aos amigos lamacentos

Data 18/11/2009 23:49:09 | Tópico: Poemas

Desculpem-me
este meu estilo
mas calem os lamentos
ser humilde
não é nojento
Apetece-me gritar
aos amigos lamacentos
Quais vinis quais tempos
Intrigas e excrementos
Aqueles que se afogaram
Em conversas sem movimento
Conversas de ruas
Semi-nuas
Cheias de machadadas
Ah! Amigos
Que não viram a beleza
De um velhinho
Sentado à mesa
Não brincaram em grandeza
Para não magoar alguém
Nem sorriram com destreza
Aos outros amigos também
Tempos perdidos!
Que passaram com avareza
Hoje vivem a querer ser
O tempo passou
Que fazer?
Abracem-se a vós
Aprendam a ser multifacetados
Não apontem os dedos
Às crenças
Drogas
Homossexualidades
E Doenças
Ponderem…
Sem mal dizer!
Não se queixem…
dos filhos mal educados
Foi o que conseguiram ter
Abracem-nos…
Retirem o bafo do contágio
Para não os ofender
Ouvi dizer
Que houve alguém
Que vos deu de comer
Onde estão?
Esquecidos nos Hospitais
Ou outros sítios que tais
Terão nome
Progenitores,
Avôs e tutores?
Serão sempre
Os culpados
Dos ter!?
Sabem a frase?
Não Pediram
Para nascer
Pois…
Descartar é mais fácil
Que fazer...
Até os animais
São luxos
Abandonos de férias
Que mais parecem
Carnavais
Sem dinheiro
Mas que tais…
Paradisíacas
Sem cruzetas
E chetas
Vão ver as conversas
Da treta
Talvez consigam aprender
a não escolher
A felicidade de alguém
Entre ser doutor
e gostar de o ser
Mais cedo ou mais tarde
O Estado vai-te dizer
Não há graveto!
…Amigo
quero um abraço
Sei que estás a morrer
Este conflito de gerações
Prejudicou-te a valer



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