Outono

Data 21/11/2009 03:10:44 | Tópico: Poemas

Outono que és meu,

O barco parado

A folha que morreu

Sou eu, és tu delicado

As sombras esvoaçantes

As lágrimas singelas

Da chuva que com ela

Molhas as copas alaranjadas

Das árvores, das mágoas

De tais memórias resguardadas

És fumo e fogo na pintura

Que de laranja e cinza,

É pintada nua e crua.



Fantasias outonais, servem-se frias

A condizer com as noites de vento

Que são a dor, a causa do meu tormento

Morres, vives a candeia das velas

As manhãs gélidas, reacendes as lareiras

E poupas a brisa, atrasas o relógio

Vives uma hora a mais

Nesse teu mar de melancolia

A vida é uma ironia, Outono és

O que entendo por alegria.

http://poeta-perdido.blogspot.com/



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=107941