DOR IMORTAL.

Data 22/11/2009 13:02:00 | Tópico: Sonetos

Quantas noites velei minha agonia,
Com fortes esperanças e sem velas,
Em silenciosas e invisíveis celas,
Onde minha maior dor não morria.

Pois, já na madrugada no outro dia,
Via em meu coração imensas telas,
se abrindo como diversas janelas,
A revelar-me a dor que ainda vivia.

E quando por desespero eu sorria;
Calava-me os espasmos da tortura,
Da feroz imortal melancolia.

Porém, num breve acesso de loucura,
Verti minha dor imortal e fria,
Em canções e versos de angústia pura.



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