5 minutos efémeros

Data 23/11/2009 11:53:40 | Tópico: Prosas Poéticas



O relógio assinala uma da madrugada. Aqui, estendido sobre esta cama despida do teu corpo, interrogo-me sobre se já terás adormecido, sobre a alva tela do leito que te acolhe. Então, fico a contemplar a serenidade que emanas na candura desse sorriso que os teus lábios desenham durante o sono. Fascinado, penetro lentamente sob os lençóis que te vestem, aconchego o teu rosto no meu peito, deslizo delicadamente os meus dedos ao longo dos teus cabelos sedosos, sentindo o teu aroma inebriar os meus sentidos. Invade-me uma harmonia plena contigo nos meus braços, na resplandecente ternura dos nossos corpos aninhados. Sob a sinceridade etérea dum murmúrio mudo, segredo interminavelmente ao teu ouvido o quanto te amo.

O relógio já assinala as nove da manhã e a minha cama continua desprovida da tua presença física.





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