.cinquenta e sete.

Data 29/11/2009 17:49:26 | Tópico: Textos




passeava-lhe dentro da boca o beijo.

sossegou-se a entender as mãos como se existisse outro nome para lhes dar, como se também elas não estivessem já habitadas dele. um nome próprio a pender-lhe nos lábios, nas linhas das mãos, no frio dos dedos. fazia mais sentido agora desatar o corpo e logo depois desatar a correr atrás dele. porque um corpo é sempre um nome, e nestes dias todos os dias eram o nome e assim o eram como chuva a cair de um rosto, ou como musgo a crescer na pele.



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