A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XXIX)

Data 29/11/2009 18:48:46 | Tópico: Prosas Poéticas

Sinto que está perto o dia em que as nuvens se dissipam no teu olhar, em que as tuas mãos se erguem como frágeis galhos de pequenas árvores e me tocam ao de leve, como nos nossos sonhos. Sinto o sabor do teu beijo que se confunde no sabor da minha vida, a doçura das palavras que te imagino dizer, sinto-me gente, sinto-nos amantes... desejo.
Os meus olhos procuram-te! Não te acham, mas não desistem, são meus, querem-te tanto ou mais que eu. Desejam saciar a sua fome em tua beleza.
Deixa que me continue a alimentar de ti, deste amor em que me entrego, que também é teu.
Toma-me nesse teu olhar, possui-me a alma, o corpo e toda a loucura que em mim deixas.


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