Anda, vem comigo, transcende-me no caminho, a água dos regatos já se estagnou, o sangue gélido penetrou-me os lábios negros. Amedrontam-me as tempestades, e o prenúncio delas.
Chuvas doentes caem sobre mim, sacudo as lágrimas dos alguidares já sagrados, busco águas límpidas nas fontes, rio-me dos relâmpagos na sorte maldita do mar. As areias beijam-me os pés, lavam-mos com o perfume de rosas e de sal.
Louco, insano, imperador do vento mascarado, infame néctar que me vendes-te. Nas águas profundas oceânicas, nereidas gritam. Nas águas pisadas, secas, queimadas. Nas águas, no vento. No ar que uiva, alto, que chama, na noite, por mim.