
Orvalhos em fios de ouro
Data 03/12/2009 19:54:16 | Tópico: Poemas
| A madrugada Deita-se na sombra do dia, Os olhos doridos Na ampla noite sem fim… Flamejam borrões vermelhos No firmamento Manchinhas frescas A crepitar…
Turbilhões de vultos E escombros Estremecidos nos circuitos da vida… Gaivotas que choram Gritam… Imponderáveis fluidos, Esboços em movimento Esmalte caído Em cristais da lua…
O mar reclama A voz estrondosa dirigida do céu …Crispadas ondas Afagam a praia Em lampejos contínuos, Vincos de sal Tatuados na esfinge Escura das duras rochas Semeadas no colo das águas, Feroz nas garras oceânicas…
Os olhos nada vêem Olham de fora para dentro De dentro para fora, Nuas pupilas cansadas De nada no tudo Que se adivinha, Incerto futuro… Dormente e temido…
Grilhões em suprema Suspensão Farrapos rasgados Nas labaredas do horizonte, Os joelhos encontram a poeira Em duas gotas de chuva, Abrem as mãos Entre o nevoeiro infinito…
Orvalhos em fios de ouro Caem da eternidade…
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Imagem do google
Foto pesquisada por um amigo para dar mais cor ao poema
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