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Data 03/12/2009 10:26:28 | Tópico: Sonetos
| ( Censura ) As moscas
Pobres tolos julgais vós que me calais Venham policias de malha apertada Clandestinamente grito na alvorada Os versos em sangue pelos arraiais
Negros sois vós sim homens banais, iguais A moscas que morrem antes de nascer O poema vivo é força, e há-de vencer Escutem, não me calarei, mudo jamais
Por entre as grades do limoeiro Apelo na minha aflição ruidosa Marquês de Pombal, nobre cavalheiro
Nobres senhores, império de gigantes Errarei na minha fé, sublime e majestosa Liberdade no génio, mãe dos simples
Antónia Ruivo Em 1797 Bocage anda na boca do mundo,amado por uns odiado por outros,os tempos são conturbados envolto em polémicas tinha acabado por ser expulso da Nova Arcádia,faltavam oito anos para a revolução francesa e Bocage exalava a liberdade nos seus poemas, muitas vezes pondo em causa a igreja e o cristianismo. Acabou por ser preso e encarcerado na prisão do Limoeiro.
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