Reúno pedras na praia, o mar revolta-se, elevam-se ondas em fúria, os ventos não se acalmam, a chuva cai, fria, sobre meus cabelos molhados.
Os céus erguem-se em súplica, passam cinzentas, as nuvens carpideiras, manchadas de negro, piras prontas no areal. Ateiam-se os fogos para a purificação.
Os navios longe soltam negros panos, anunciam os funerais, trazem as mortalhas, vadios olhares que me excomungam o corpo, que vasculham pela emoção roubada à morte.
Depositam-se-me flores murchas nas exéquias, queimam incensos mal cheirosos, nauseabundos. Os odores dos corpos vivos desapareceram, restam palavras ocas e sinos no convento.