Tela
Data 06/12/2009 00:17:19 | Tópico: Poemas
| Quantas vezes já acontecera, Não sabia explicar! Não, não era a primeira vez, Aquela imagem difusa, Como a película de um filme antigo…
Inesperadamente a reminiscência de uma estrada traiçoeira…
Aquela arrepiante curva seguida de uma paisagem selvagem e bela, Diferente de tudo, linda, perturbadora!
Ali, nada era igual! Deixava-se encantar pela melodia difusa que pairava no vento… Como o som da flauta do encantador…
Em silêncio, como uma estranha fugida há muito, Confundia-se com a paisagem de forma, inequivocamente, despercebida. A única pessoa existente no Cosmos, indiferente a tudo!
Indiferença….Uma frieza que parecia enfeitiça-la …. Seguia a melodia..
Como uma estranha fugida há muito, voltava!
Ficava sentada, submissa, em silêncio, Esquecida como uma velha tela inacabada, guardada a canto durante anos…
- Que estaria a fazer naquela velha tela?
Como uma estranha, só um rosto, um vulto indistinto…
(originais)
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