ALMA

Data 02/07/2007 21:31:35 | Tópico: Poemas

Encomendei á minha alma
um poema,
mas tudo o que me vai chegando
são apenas palavras-pássaros voando,
( planando em noções esparsas,
não em vôos de garças )
de uma poesia
menor que as sedes do meu dia,
remota e vaga,
( não fruto, mas apenas baga... )
e palavras fracas, confusas,
aspirações difusas
de sombras em becos
onde soam ecos
e vozes em suave agonia...
(não o poema que eu queria !)

Talvez o meu poema, afinal, não seja
essa coisa luminosa, benfazeja,
e chegue por entre as palavras e as vontades,
encolhido em vergonhas de novidades
e subtilezas de bodas só suas...
( como cânticos ao luar, de sereias nuas... )



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