Uma jangada apagada, abafada no nada, um espelho de água, movido pela brisa lenta. Um mergulhar em silêncio, numa noite quente, uma água cálida, transparente na cor, um cofre fechado, de pérolas preenchido.
Uma luz que se extingue, um luar que me nasce, um cordão umbilical, cortado à nascença. Um sangue melado, doce, infantil, um mergulho nocturno, numa floresta molhada, num claustro profundo, silenciado.
Uma caravana que passa, moribundos lá dentro, uma mó de um moinho, cansado, dormente. Um mergulho nocturno, infantil na passagem, um milhafre soturno, frases quebradas, uma miragem
Uma história perdida, achada numa pele qualquer, inscrições tatuadas, num cabelo de mulher. Um crescente que nasce, que morre, que se perde, uma ausência que passe, uma dor que se leve.