O que será de mim quando acabar por me perder..? Com que voz chorarei, senão a voltar a ter..?
(Não quero ficar para ouvir o silêncio ensurdecedor da tua partida...)
Meu amor de terra molhada, eu espero, Voltar-te a ver de madrugada, Eu quero, deixar-te partir.
Eu sei, que nunca soube viver por mim, Que te fui perdendo, mas mesmo assim Ainda te espero.
Quis sempre saber por onde andavas, O que descobriste, e por onde passavas, Quis saber se me encontravas, Mas preferiste só partir.
Passaram negros todos os dias. Tão negros que só me deixaram com a dor, Perdi-me no tempo e perdi-me em pranto, Neste meu jeito de te querer ainda tanto..
Nesta manhã, A minha dor preferiu não doer, A chuva preferiu não chover, E o dia preferiu não amanhacer, Para que eu ainda fosse capaz de dizer.. ..que não sei mais quem sou.
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