63h

Data 09/12/2009 00:39:58 | Tópico: Textos


julgo não saber se o rio o é na tua língua ou na íris. gosto de anoitecer nos teus braços, como quando encostas a cabeça ao vidro e ficas a ver crescer-te um mar no peito. hoje gostava de te dizer poemas como quem diz saudade. despedir-me do teu corpo como quem cumprimenta as manhãs, as tardes, as noites, os dias inteiros. adormecer à margem de dez dedos soterrados na pele. despir a boca de silêncios. gemer as águas como quem te leva para casa e ao chegar ter a certeza que já lá estavas.



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