«« O poeta aos meus olhos ( XX ) final de um ciclo

Data 11/12/2009 20:48:34 | Tópico: Sonetos

Bocage

Assim te cantei nobre poeta sem norte
Tuas dores vesti fiz delas meu burel
Nos versos que espalhei em branco papel
Matizei ao de leve, a tua infeliz sorte

Aqui e ali revi tua devoção a trote
Nos sonetos que escreveste, doce mel
Sim poeta, meu instinto me impele
Que pegue no teu verso, te roube o mote

Tentei moldar-te ao meu jeito dolente
Pobre de mim, tua aura não se prende
Foste e serás um poeta diferente

Do Bocage que o mundo ri e canta
Encontrei-te perdido, num todo se sente
O Bocage, que o mundo de hoje espanta

Antónia Ruivo
Esta colectânea de vinte poemas foi o resultado de uma pesquisa breve sobre a vida e obra de Bocage,estes versos tiveram como objectivo concorrer a um concurso de poesia, agradeço a todos os que comentaram e que de alguma forma contribuíram para que o nome de Bocage saltasse para a pequena tela do PC, decidi que não responderia a comentários, escrevi sobre alguém que está muito acima de todos nós num patamar no qual nunca entraremos assim sendo tudo o que pudesse dizer seria inutil, tive a ousadia de o cantar segundo os meus olhos de viver a vida que ele viveu segundo a minha sensibilidade,talvez o poeta me perdoe por isso.

Obrigado a todos.



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