Paralelos inexactos

Data 16/12/2009 19:28:02 | Tópico: Poemas -> Amor

Sei-te num vértice
de um gesto meu,
tão longe e tão perto
que um poema
o pode cativar de ternuras.

Porém, o medo sucumbiu
na acidez do distante,
e por instantes paralelos
o inexacto uniu as margens
em vertigens do meu leito
- e tu, no extremo
era o vazio comum à erosão
num olhar que não sabe mentir…

Talvez tenhas sido também
a ave por mim ferida
caída no espaço morto
de neutralidades,
na colisão de alguns sentires
mais incrédulos do querer,
que a razão de os saber
alastra pela insónia…

Mas na igual subi tez
de não saber
no tacto dos meus sonhos,
assim retornas
também,
ao cume dos meus braços quentes
em que somos amantes
das manhãs,
na aurora de um amor
que nos algema e une…



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