Olho a distância

Data 17/12/2009 21:29:23 | Tópico: Sonetos

Calo o grito amarelecido pelo tempo
Um laivo de infelicidade e nostalgia
Ai quem me dera que o dia não fosse lento
Quem me dera não ter que fingir que ria

Da distância que me desfaz o alento
O sonhar, o crer, estranha assimetria
Que assimila um ressentir sonolento
Meu amor perco o tino quem diria

Ao pensar na distância que separa
O portal da tua porta e da minha
Meu amor perco o tino, mas quem repara

Que quando acordo de manhãzinha
Corro p´rá janela e olho ao longe
Meu amor…vou esperar pela noitinha.

Júlia Soares


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