A Deusa da Inspiração

Data 18/12/2009 17:05:45 | Tópico: Poemas

Desnudaste-me o espírito,
Arrancaste-me a carne e a prudência
E aprisionaste-me num invólucro de palavras e precipício.

Revolvia-me em paixão, ânsia e escrutínio
A dor incólume latente ao fascínio-
Essa chama gélida que me acomete em calafrios.

Lançava-me ao apoteótico
Momento de síntese,
De enclausuramento,
De síncope.

Martelava palavras
Ao peito nu
E sangrava a verborragia
Das alianças convenientes.

Mastigava o equilíbrio da simbiose
E digeria a máscara que licencia a normalidade.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=111591