 
  
    	 Barco 
    	Data 19/12/2009 23:00:06 | Tópico: Poemas
 
  |  Num remoinho que eleva a alma que chora Cai-se em queda livre, sempre que a dor aperta Sempre que uma nuvem cinzenta se acerca E derrama sobre nós fria trovoada
  Tantas dúvidas e tantas ilusões Somos feitos de matéria incompleta Vagueamos, mortos vivos na cauda de um cometa Atracamos nosso barco num mar de queixumes
  Meu amor, a vida é cor de rosa Sempre que se acorda de manhã É doce como o sumo da romã Afinal a vida é airosa
  Somos nós que a complicamos Ajustamos o dia em nosso favor Somos nós que tapamos o esplendor Da manhã ensolarada, somos nós que a desfeamos
  Meu amor Somos nós que atracamos Nosso barco num breve momento E dizemos bom dia ao amor
  Mas depois corremos, corremos, Já cansados perdemos os remos Afundamos, Boa noite, finalmente adormecemos!
 
  Júlia Soares 
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