
Eras tu, Gabriela!
Data 21/12/2009 22:47:27 | Tópico: Poemas
| "Olhos oblíquos de cigana Sorriso e lábios de jasmim Que só nasce em alta montanha Mas que aflora é só para mim! Voz de serenata que me chama A tudo que disser é sim Não é uma coisa muito estranha Ter um amor que não tem fim? (Gil Ferrys)
O que foram aqueles olhos para mim?
Foram forças novas, estranhas e desconhecidas Vagas vermelhas, volumosas, espumantes e envolventes Nuvens beges esbranquiçadas, vagando, ociosas, Num dia de sol... Pequenas porções peroladas num mundo todo azul Areia amarelada transmutada em cristais do Saara Esmeraldas brotadas do fundo do Rio das Velhas Eram fogo e mel, eram o bálsamo, o travesseiro do Meu espírito...
E o que foram aqueles cabelos?
Foram a base, o alicerce sólido de um ninho Quente e seguro; a colcha aveludada e aconchegante Onde pude, enfim, desfalecer, por um instante Quando em meu coração era um eterno inverno, De dor e sofrimento... Foram as cordas por onde eu, náufrago, me agarrei... A embarcação libertadora da ilha de Sancho onde Encontrava-me perdido... O fim de uma noite sem sono, quando pude, enfim, dormir...
E quem era ela?
Simplesmente Eras tu, Gabriela!
Te amo! Eternamente!
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