
Uma Audaciosa Declaração de Amor!
Data 22/12/2009 22:31:31 | Tópico: Poemas
| Brasil, Minas Gerais, mês x, dia tal...
“Quem tem um ao outro, tem tudo!” (Ana Sansão, Poetisa de 16 anos)
Eterno e único amor da minha vida, Através dessas maus traçadas linhas Venho até ti dizer-te que nunca me Fazes mal...
És raio luzente em minha triste caminhada. Junto saltaremos por íngremes cascatas E desbravaremos as mais densas florestas. És, por todo sempre, a minha amada. Busquemos todos os tesouros... As esmeraldas... Todas as riquezas... Possibilidades infinitas! Corpos nus adentrando o âmago das matas... Sempre serás minha... “Kerida”!
Queiras compreender-me, meu amor, Fartos sempre serão os meus desejos, Como são milhares os meus planos. Vários foram os meus desenganos. Há muito aprendi que amar Consiste em esquecer o que desejamos E na forma mais ampla em que podemos Nos doar!
"Tendo-se o outro se tem tudo."
Erigir tempestades e lançar trovões No arfante e sôfrego coração alheio É se furar em espinhos... É se machucar por inteiro... É perder as primícias da recém-chegada Estação... É ter doente o peito sem cataplasma Que lhe cure... Direito.
Deixe disso meu amor! Deixe adentra tua casa um feixe de raio Solar! Que o vento desarrume teus loiros Cabelos! Que quebrante a tênue teia que se forma Pelos Cantos obscuros de tua sala!
Que o canto magistral das cotovias vorazes, Em harmonia com tua voz que nunca se cala, Envolva-te em uma só gritante e constante Alegria!
Que se afrouxem as penosas e pesadas tenazes Que lhe deixava, aos poucos, fenecendo à míngua, Privando-lhe do teu onírico pensar preso em tua Labareda-língua!
Trago-te do oriente antigo todos os bálsamos, Oboés, perfumes, mirra, sândalos, pensamentos... Da Índia, trago-te cravos, canelas e incensos... Venha comigo, meu amor!
Nada deves temer! Serpes se enrosquem aos teus alvos pés. Que todos os galhos e ramos dos bosques Arranhem-lhe a tua terna e macia tez...
Nada tememos, meu amor! Tendo-se um ao outro Tem-se todo o universo! Bromélias lhe brotem da boca Quando puderes sorrir! Que façam, os pássaros, ninhos em teus púbis! Que néctar e mel saiam sinuosos Rios azulados dos teus olhos Quando chorares! Dou-te, meu amor, todo o mundo! "Quem tem o outro tem tudo!"
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