Soneto Malcriado ou da Ingratidão

Data 23/12/2009 15:16:03 | Tópico: Sonetos



Soneto Malcriado ou da Ingratidão
by Betha M. Costa

Renego nesse momento seu amor,
Tudo que me dá luz e inspiração,
Tatua-me a pele com o seu calor,
Dos arrepios a sua respiração.

Renego o odor da sua transpiração,
Tudo quanto se movimenta e saia,
Das entranhas deste corpo pagão,
E que para dentro de mim se espraia.

Não quero o carinho nem a carência,
Nada de sua presença nem ausência,
Seus risos ou dores de solidão!...

Renego você, sua pouca paixão,
Onipresença e falta de paciência,
E pare de dizer: - Ingratidão!






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=112153