POEMA ESCRITO

Data 25/12/2009 18:24:11 | Tópico: Poemas


Vou recolhendo as palavras
que me escreverem ao nascer,
coroada de mil anseios
e plantadas num qualquer pomar.

Descarto as hipóteses e o ventre,
rasgados de factos e penas,
mais a carta que sou
feita estátua de dor.

Caem nos meus pulsos,
penas ancestrais
feitos poemas sem fonte,
e o mar me descai em reserva.

Sem diagrama ou falsas filosofias
escrevo a órbita da alma
num qualquer precipício
que me parece alheio na escrita.

Eduarda





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=112330