X - Olá, Filipe. Lembras-te de mim? Resposta
X - Não? É normal. Acho que estava demasiado escuro naquele bar para te lembrares da minha cara e também... tinhas tanto em que pensar! Mas diz-me, já explicaste aos teus colegas de casa porque é que têm todos de limpar e cozinhar? Resposta
X - Wow, disseste-lhes isso? Resposta
X - Vês? E estavas tu com medo que eles reagissem mal e que o José fizesse birrinha. Resposta
X - Estou mesmo contente por ti! Mas mesmo assim pareces abatido... Resposta
X - Ah é? Vens do trabalho agora? Tu disseste-me o que era... espera! Trabalhas no supermercado! Eu sabia! O dia correu mal, foi? Resposta
X - Há dias assim, mas aposto que também há coisas divertidas por lá, certo? Resposta
X - Ahah! Vês? Isso é giro! E se desses mais valor a essas coisas? Resposta
X - Ok, ok! Então adeus! E cuida de ti!
X acena e salta da plataforma, de encontro ao metro que ia a passar. O corpo, não identificado, jaz agora em mais uma campa sem nome na qual ninguém deixará flores.
Porque às vezes, a história está mesmo nas perguntas.
|