Souvenir

Data 30/12/2009 14:09:49 | Tópico: Poemas

Cai a chuva de Baudelaire e de Paris salpica o rosto a luz matiz, recortada pelos espaços da clarabóia
de uma águas furtadas decadê
repetindo leitos fugazes
entre os vaivéns de “Les Fleurs du Mal” com o teu nome.
gares de estações ilegíveis
viajaram comigo por diferentes trilhos
e a estas ruas trouxeram-te de novo,
ou nem sequer isso aconteceu.
apenas sou uma turista cansada
que debaixo de um guarda-chuva fechado
vê a chuva que te apaga.
olho sem ver aquilo que já vi
Fumo a noite e no súbito nada.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=112910