Dai-me a Cura

Data 30/12/2009 16:55:02 | Tópico: Poemas



Palavras frias, sem a menor razão e propósito.
Nada pode tocar um ser humano se não houver intenção,
Se não conter atração, algo além da razão.
Enquanto o sono não vem escrevo este vai e vem,
As frases não rimam tanto como a melodia,
Mas interagem trazendo algum sentido.

É uma tremenda ausência neste breu,
O silenciar toma meu quarto por alguns estantes
Somente um zumbido ao fundo de leve vem me arrastar
Vai me levando ao cansar, eu tendo resistir,
Mas meu corpo não suporta tanto tempo
A sonolência faz-me encerrar e acabo a me deitar.

Quem me garante que nos sonhos eu consiga te eliminar?
Fujo da noite me arrastando para sala onde você não me entorpeça,
Mas quando surpreso, me pego a te lembrar, tento não mais
Encontrar-te, o peito saltita e a alma te clama
Entendo que já não me ames, mas para que remédio
Tomarei se não inventaram a esta cura?

RegianePeroso



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=112936