Quiméricos espectros do passado

Data 31/12/2009 09:40:50 | Tópico: Sonetos

Quiméricos espectros do passado
Respiro os turvos ares da alegria,
Que mente novamente e todo dia,
Promete no final, um belo prado...

O tempo que se escorre, amargurado,
Mostrando que ao final, mais nada havia
Senão a morbidez da noite fria,
E o corpo numa pedra a ser velado.

Aguardo tão somente os funerais,
Sabendo que eu irei pra nunca mais
Vivendo a expectativa do meu fim...

Deixando em testamento a solidão,
Na frágil aridez, foi tudo em vão,
Descanso; o que me espera, até que enfim...

Marcos Loures



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