APENAS EXISTIR

Data 07/07/2007 17:48:14 | Tópico: Poemas





Como é bom não ter o que fazer, lograr nada,
Porque nada procurei. E assim, nesta escada,
Que é o tempo a correr, sentir apenas aqui,
O breve rumor do vento, como fugindo de mim.

Ah, dormir, e mais nada. Sentir ao longe a fina
Gravilha, de uma estrada empoeirada. Atina
Poeta, se sentes, como se o não fizesses, então
Deita-te, e dorme, com fome no coração.

E eu que sinto com os olhos, do lápis o metro,
Vejo no rubor do sol a luz com que me perco.
Oh, rio da minha aldeia, não me acordes agora,
Que eu estou dormindo, ao sol que me namora.

Jorge Humberto
04/07/07





.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=11368