O Meu Luso do Mês de Janeiro de 2010 é... Antónia Ruivo - «alentejana»

Data 05/01/2010 16:35:14 | Tópico: Crónicas

Nasci no dia 25 de Janeiro de 1961, pelas 17h20, na cidade de Évora, capital do Alto Alentejo, conta a minha mãe que foi num dia chuvoso e frio, filha de pai incógnito e mãe solteira, embora o meu pai morasse na mesma rua que a minha mãe. O meu pai quando soube que a minha mãe estava grávida fugiu para Espanha regressando anos mais tarde com o intuito de casar e dar o nome à filha, tal não aconteceu porque a minha mãe entretanto tinha casado, um casamento meio arranjado pela família, naquele tempo não se podia ser mãe solteira.
Aos seis meses de idade fui com a minha mãe viver para casa de uns tios avós sem filhos, que moravam numa quinta nos arredores de Montemor-o-Novo acabando por ficar com eles até aos 12 anos de idade. Foram esses meus tios que incutiram em mim os valores que carrego até aos dias de hoje, o amor pela terra, pela liberdade, e pela tolerância, também me ensinaram a defender sempre as minhas convicções, desde que não esmague ninguém à minha passagem.
A minha tia apesar de analfabeta era uma pessoa extremamente esclarecida para a época, o meu tio antifascista de primeira linha, lia-me o Jornal Avante, unico jornal regular da oposição, aos serões frente á lareira, recordo que nesse tempo o Jornal Avante era distribuindo pelas valetas das estradas secundárias, e a recomendação constante era de nunca apanhar o jornal, fingir que não via, a nossa casa era frequentada por malteses ( como se dizia por aqui no Alentejo ) que pediam abrigo e que dormiam na cocheira, ou no palheiro, aos quais eram dadas as refeições por caridade, só depois do 25 de Abril de 1974 é que soube que eram na sua maioria membros do partido comunista, e a maior parte fugidos à PIDE, ( policia politica ). Foram esses meus tios que cultivaram o meu dom para a escrita e para a poesia, recordo que fazia quadras á desgarrada tanto com um, como com outro, a eles agradeço tudo o que hoje sou, apesar de viver apenas doze anos na sua companhia, incutiram em mim a moral e o respeito necessário para ter uma sã convivência com o espaço e as pessoas que me rodeiam, o meu tio era ateu, a minha tia católica praticante, mas conseguiam gerir as diferenças sem grandes atritos, um ensinava-me o Credo e as Ave Marias o outro alargava-me os horizontes, ensinava-me que o mundo era muito maior do que aquilo que me ensinavam na escola, o meu tio um narrador nato, inventava historias fantásticas mas sempre com uma mensagem humanitária outras vezes politica, tudo com uma subtileza incrível, só passados muitos anos cheguei a essa conclusão.
Aos doze anos, porque a minha tia era uma pessoa doente e debilitada, de idade muito avançada fui viver para casa da minha mãe. Aí a minha vida de pequena princesa modificou-se e ficou bem mais escura e sombria. O meu tio morreu passado pouco tempo num acidente de viação e a minha tia entrou em depressão profunda, nunca mais se restabeleceu, morreu em 1986. Assim me vi quase sozinha enfrentando o mundo, acabando por crescer antes do tempo.
Sempre fui uma criança traquina e irrequieta, mas com sentido de responsabilidade, ao ir viver com a minha mãe tinha terminado o então ciclo preparatório, e como o dinheiro lá por casa não abundava, era só o meu padrasto que trabalhava e havia os meus dois irmãos eram mais novos que eu, achei por bem sair da escola e ganhar o meu próprio sustento, ( tanto a minha mãe como o meu padrasto não se opuseram acho que até adoraram a ideia) na altura principalmente na província, as meninas tinham de ser boas donas de casa, e aprender a costura ou os bordados, como eu tinha imenso jeito para a costura e até já fazia algumas sais e blusas que acabava por vestir, o meu destino foi uma alfaiataria em Montemor, assim passei dois anos entre a alfaiataria e os livros que requisitava na biblioteca itinerante da Gulbenkian e que lia compulsivamente, chegava a passar noites em claro a ler, hábito que mantive até à bem pouco tempo. Agora escrevo e espero que me leiam.

Quando se deu o vinte e cinco de Abril de 1974 ( a queda da ditadura que governava Portugal à cerca de quarenta anos,) tinha eu treze anos, foram tempos conturbados esses, principalmente no Alentejo, recordo que de manhã quando ia trabalhar alguém gritava na rua a ditadura caiu, morte aos fascistas, deu-se um clique na minha cabeça e recordei algumas coisas que ouvia em casa dos meus tios. Assim aos treze anos de idade vi-me militante de uma organização política, os meus amigos inscreveram-se na organização juvenil, mas eu não, achava-me uma grande mulher queria participar, tinha uma sede imensa pela descoberta pelo aprender queria assimilar de uma só vez toda aquela confusão que se gerou no país, e principalmente achava que o meu tio onde quer que estivesse iria adorar, assim ingressei directamente na organização principal. Hoje recordo com nostalgia, eu uma criança, a discutir com homens e mulheres os rumos e as directrizes dum partido politico, imaginem.
No verão de 1974 abandonei a costura e fui uma das fundadoras da Cooperativa Agrícola Montemorense, na qual trabalhei durante quatro anos e meio e onde conheci o homem com quem me viria a casar com 16 anos de idade, do qual tive três filhos e um casamento de quase trinta anos, que acabou por sucumbir, foi nessa altura que recomecei a escrever, durante muitas décadas tudo o que escrevia acabava por destruir, o meu marido lia o jornal a Bola e pouco mais, e eu se queria viver em paz, tive que esquecer que gostava de escrever. ( costumo dizer que me castraram sem castrar mas enfim. Já passou, e os meus filhos valeram o sacrifício. Aos catorze anos retomei os estudos, ( trabalhava a terra de dia e de noite estudava ) por essa altura fiz um curso de alfabetização de adultos era preciso alfabetizar as pessoas que pertenciam à cooperativa , a taxa de analfabetos no país era enorme , aliás ainda hoje o é. Fiz um curso de três semanas com professores formadores, que vieram administrar esses cursos pelo Alentejo, faziam entrevistas com os voluntários que soubessem ler e escrever correctamente e depois escolhiam aqueles que achavam mais capacitados. Assim me vi professora sem ser, não sei se fui eu que ensinei, ou se foram os meus alunos que me ensinaram a mim, as secções de alfabetização terminavam sempre em quadras e cantigas à desgarrada.
Com vinte e dois anos um marido, um filho, e um casamento tremido, que apenas sobreviveu porque já era mãe, não queria que o meu filho passasse pelo mesmo que eu , que crescesse sem pai, ou com pai de passagem, ( fui mãe aos dezoito anos ) rumei para Lisboa , O Alentejo era pequeno demais para mim.
Já em Lisboa tive uma breve passagem pela industria hoteleira, enquanto tirei o curso de designer de moda. Foi essa passagem pela hotelaria que me valeu na altura de trocar de profissão, coisa que aconteceu recentemente. Com a globalização, o negócio dos têxteis no geral sucumbiu, as grandes marcas importam os produtos da Ásia, e a chamada alta costura, área em que trabalhava passou a ser uma miragem.
Fui filiada nessa organização política, mantendo-me no activo até 1989, ano da queda do Muro de Berlim, senti-me então mais esclarecida e mesmo defraudada e corrompida em alguns dos meus ideais, incutiram-me toda uma doutrina que se revelou uma enorme fraude, como eu muitos abandonaram. Eu para que não me convidassem saí pelas minhas pernas. Nunca mais me filiei fosse no que fosse, embora na anterior legislatura, tenha sido cabeça de lista por outra organização política, à junta de Freguesia de Santiago do Escoural.
Fui durante quatro mandatos consecutivos, como independente e democrata, presidente da S.R.G.U.E.(Sociedade Recreativa Grupo União Escouralense) onde desenvolvi em parceria com a Câmara Municipal de Montemor e a Junta de Freguesia de Santiago do Escoural um trabalho direccionado para a comunidade, principalmente para os mais pequenos, implementando um centro lúdico, numa terra onde existia um campo de terra batida para jogarem futebol e nada mais, centro lúdico esse, que conta com uma biblioteca e um espaço onde se desenvolvem as mais diversas actividades viradas para as crianças dos quatro aos doze anos. Aos poucos consegui dar vida a uma sociedade recreativa moribunda, e reavivar algumas tradições existentes e criar alguma animação local, festas populares, MotoCross, marchas populares, encontros e saraus musicais.
A minha vida profissional neste momento ocupa-me muito tempo e achei por bem sair, se não posso dar o meu melhor dou o lugar a outros, penso que assim é que deve ser.
Desenvolvi em paralelo com a minha passagem pela S.R.G.U.E uma rubrica mensal no jornal Local o Montemorense.
Fiz ainda teatro amador, na sociedade recreativa a Carlista em Montemor, e fui uma das fundadoras do rancho etnográfico os Fazendeiros de Montemor.
Faço parte de uma associação de artesãos, a Ciranda.
Nos tempos livres pinto, principalmente pintura a óleo, gosto de nus e de paisagens. Já participei em algumas exposições e feiras entre elas na FIA ( Feira Internacional de Artesanato na FIL em Lisboa)


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1- Quem é a «alentejana» Designer, escritora, mãe, filha e amiga?

- Uma mulher igual a tantas outras, não querendo ser banal direi, amiga do meu amigo, extremamente teimosa e objectiva, acho que o meu maior defeito é chamar as coisas pelos nomes, e isso por vezes incomoda, as pessoas hoje em dia preferem camuflar as situações, ou imaginar que não existem só porque não se fala nelas, a vida tornou-se tão complicada a nível geral que fingir que se é cego, surdo e mudo por vezes é mais fácil. Mas quanto a mim isso não é viver é esperar que a vida passe.

Como mãe, sempre fui e sou extremamente exigente, reconheço, faço tudo pelos meus filhos, mas eles tem que fazer a partes deles, ou seja, aprenderem a ser homens responsáveis e independentes, com os dois mais velhos um de trinta anos e outro de vinte e dois não me dei mal, agora com a casula que só tem oito anos, o tempo o dirá.
Enfim sou uma mãe babada, isso eu sou, tenho muito orgulho na minha prol. Posso dizer que fui pai e mãe dos meus filhos, fui casada com um marido ausente. ( Devido à sua profissão )

A designer essa era uma chata, refilona quando as coisas não saíam como queria, no meu trabalho o profissionalismo e a qualidade estão na primeira linha, e exijo que quem trabalhe comigo faça o mesmo.
Foi esse profissionalismo que fez com que trabalhasse para alguns nomes a nível nacional. Nos dezoito anos que me dediquei à moda, oito a trabalhar por conta de outrem e dez como empresária.
Actualmente virei-me para os cozinhados e voltou a ser esse profissionalismo e exigência que me abriu as portas e que me vai conduzir ao sucesso, acreditem se quiserem. Especializei-me na cozinha tradicional Alentejana, mantendo o sabor e os segredos na confecção que me foram ensinados pela minha tia que era uma cozinheira de mão cheia, e pela minha avó paterna que tinha uma taberna na Rua do Raimundo na cidade de Évora, onde se comiam as melhores pataniscas com arroz de feijão de todo o Alentejo. Trabalho actualmente no Évora Hotel.

A filha, essa é um tanto ou quanto fria e solitária, não gosto nada de falar sobre isso, e não vou falar.

A escritora vocês já conhecem, é aqui no Luso que tenho desenvolvido a minha escrita.


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2- Montemor está para ti como está para mim, parte de um Alentejo esquecido e escondido. Que belezas se escondem no teu Montemor? Que memórias?

Montemor. Montemor é a minha casa, o meu chão, recordo que quando morava em Lisboa tinha alturas que me cheirava a Montemor, ao Alentejo, à terra molhada nas primeiras chuvas, ao calor tórrido no Verão, ao cheiro dos pastos no Outono
A cidade de hoje é muito diferente da vila de então, mas a sua essência essa permanece, as gentes simples, mas de convicções fortes, que não se dobram facilmente, a força que vem das muralhas do castelo, e que só quem nasceu aqui sabe do que falo. Uns poucos anos da minha curta meninice foram passados a calcorrear as pedras do castelo. É ele o castelo, que guarda os meus segredos, as minhas mágoas e as alegrias também.
O esquecimento de que o Alentejo é votado, em parte é por culpa nossa, os Alentejanos, que não damos valor ao que temos e ao que somos, por mim falo, virei as costas à terra e fui para Lisboa, regressei, mas os melhores anos os mais fortes dei-os a uma terra que não era minha.


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3- Se pudesses voltar atrás no tempo que mudarias na tua vida ou o que acrescentarias?

O que mudaria, acho que não casava com dezasseis anos, sei lá, por um lado os meus filhos valeram isso, por outro a minha vida estagnou não fiz muitas coisas que gostaria de ter feito. Não vivi com quem compreendesse o meu lado poético, vivi sempre com a água eu era o azeite, ou talvez fosse o contrario. Acho que não sei responder a essa pergunta.

Acrescentar, acrescentava coragem para começar a escrever mais cedo. Perdi muito tempo. Talvez me tivesse separado mais cedo porque cheguei à conclusão que os meus filhos se teriam criado sem grandes atritos, eu e o pai estivemos presos a uma relação a pensar nos filhos, quando a mais nova nasceu, o casamento tinha-se deteriorado de tal ordem, que passado algum tempo tanto eu, como os meus filhos mais velhos achamos que o melhor era a separação, que o ambiente não era o mais saudável para criar uma criança, o pai não achou muita graça na altura estava acomodado, tinha tido em casa uma mãe, governanta e mulher, porque eu não tive três filhos, durante o meu casamento tive quatro só que a um chamava marido. Felizmente conseguimos gerir as coisas, sempre com o pensamento virado para a minha filha, ela é uma menina equilibrada e descontraída apesar de ter passado pela separação dos pais, a diferença é que em vez de ter uma casa passou a ter duas, está no terceiro ano e consegue ser uma das melhores alunas da sala.


4- A cada dia que passa, no Luso, entram sempre novos rostos, jovens que perdem o medo de mostrar o valor da sua escrita ao mundo e que esperam aprender com aqueles que já por cá estão, assim como nós aprendemos com eles. Que conselho lhes darias?

O mesmo que já tenho dado algumas vezes, se a escrita faz parte de vocês, se acordam de noite e vão a correr escrever um texto ou um poema, se deixam de comer para escrever, então escrevam sempre, não se ralem se forem pouco lidos de inicio, e se tiverem poucos comentários, com o tempo vão saber quem são os vossos leitores fieis, aqui dentro do Luso, e vão saber quem são os leitores de ocasião, aqueles que comentam e nem leram o que vocês escrevem, força, e não desanimem nem se inibam de escrever com a alma. E o mais importante, nunca deixem de escrever só porque alguém acha que vocês não o sabem fazer, ou porque quem está ao lado tem medo do que possam escrever, nunca se deve esconder um dom, ninguém vale os nossos sonhos.
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5- Para quando um livro da Antónia Ruivo?

Não sei, tem alturas que acho que a minha poesia já ganhou a maturidade suficiente para ser editada, tem outras que acho que não, escrevo, e só muito raramente leio o que escrevi, quase sempre ponho defeitos nessa escrita, mas como não gosto de corrigir nada e penso que uma obra poética seja boa ou má tem que perdurar como nasceu, ( é o que chamo escrever por impulso, com alma ) isso para mim é ser poeta, já se for prosa tem que ser trabalhada, corrigida e só depois pode ser mostrada. Escrever poesia e corrigir passado tempo, não tenho nada contra, mas comigo não resulta. Comecei a escrever um romance, mas o tempo tem sido tão limitado que não sei quando vai estar pronto, aí, vamos ver se alguma editora se interessa.
Depois, acho que uma pessoa que publica tem que sentir que não engana os possíveis leitores, tem que sentir que a obra perdurará, mesmo de nível baixo tem que perdurar, e quem sabe passados uns séculos não se vire poeta ou escritor famoso. Nestas coisas da escrita o que hoje não presta amanhã vira literatura, sempre assim foi ao longo dos séculos ( isto sou eu a sonhar alto. )
Publicar… um dia publicarei, contem com isso. Espero uma proposta tentadora de alguma editora.


6- Para leitura... prosa ou poesia?

Prosa, as Vinhas da Ira de John Steinbeck, li esse livro pela primeira tinha talvez uns catorze anos e já perdi a conta ás vezes que o li, sempre que sonho com castelos no ar, leio, recomendo que o façam e vão aprender que na maioria das vezes trocar o certo pelo incerto é um fracasso. O que não quer dizer que não arregace as mangas e não parta para luta, mas nunca sem colocar na balança os prós e os contras, quem me conhece diz que demoro algum tempo a tomar decisões e a por os planos em prática. E esse livro tem é um pouco o culpado disso.
Poesia, leiam Bocage, e vão ver o poeta sensível, muito à frente do seu tempo que se esconde por detrás desse nome.



7- O que representa para ti o Luso e, enfim, a escrita?

O Luso faz parte do meu dia a dia, mesmo que não publique diariamente é a pensar em publicar aqui, e no meu Blogue que escrevo, como disse, aqui exercitei a minha escrita. Agradeço ao Trabis que me deu essa oportunidade ao criar este espaço. Agradeço a vocês por me aturarem e lerem.
A escrita é a minha hóstia, é com ela que comungo, diariamente, é a minha paixão, o meu pecado, o meu lado louco e ao mesmo tempo lúcido.


8- A tua viagem de sonho, o teu maior medo e o teu maior desejo.

Viagem de sonho, num sitio qualquer no meio da selva.Com verde por todos os lados.
Nessa viagem levaria um amigo muito querido e que muito me tem incentivado e apoiado nesta etapa da minha vida.

O maior medo, morrer, e que o mundo cada vez esteja pior, queria pelo menos que os meus netos vivessem num mundo igual ao que eu vivi, para melhor, mas prevejo que isso não vai acontecer, nós os do mundo de hoje não o sabemos preservar, só destruímos o que herdamos.

O meu maior desejo, viver...


9- Apesar da chuva todos os Encontros do Luso se pautaram por sã convivência. Qual a necessidade e que poder ganha a escrita e a cultura lusófonas nestes encontros?

Os encontros do Luso são a peça essencial para que este site marque a diferença que já consegue marcar, é nesses encontros mesmo que sejamos poucos, que nos olhamos olhos nos olhos, que damos as mãos e deixamos de ser virtuais, esta coisa da virtualidade, acarreta muitos perigos, principalmente leva-nos a um maior isolamento, embora todos sejamos amigos e amigas, a verdade é que cada vez nos isolamos mais, é nesses encontros que o Luso respira.
Não fui ao ultimo encontro, com muita pena minha, acho que ficou provado a sua importância e a união gerada entre escritores lusófonos, com a vinda de uma grande escritora deste site, e que veio do outro lado do Atlântico ( Ibernise ) querem maior prova que essa, de que este site tem força para atravessar oceanos.


10- Que mensagem queres deixar a todos os Luso-Poetas?

Como estamos no inicio de mais um ano, desejo a todos muita força para vencer as curvas da vida, acreditem sempre que quando uma porta se fecha logo se abre uma janela, nós por vezes é que demoramos a ver.

11- Por fim, quem será o teu Luso do Mês de Fevereiro de 2010?

O meu Luso do mês de Fevereiro é o Carlos Carpinteiro.

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