
Os Rios I
Data 07/07/2007 20:57:25 | Tópico: Poemas
| Ali onde ambos se encontram Sob o olhar atento do poeta, Fica a vila da minha infância, A minha doce Constância. Vêm de longa distância Para se unirem em sagrados laços, A quente água do Tejo E a fria corrente do Zêzere. Cruzam-se para seguir viagem Com os corpos entrelaçados, Deixando Constância saudosa E trazendo o poeta na alma. Descem até ao lindo castelo Que envolvem com os dois braços, Ouvindo a música das pedras macias Em cujo ventre deslizam de forma traquina. Nascem solteiros das entranhas da terra Para ali se casarem com a benção do poeta, Logo seguindo viagem apressada Para a tão esperada lua de mel. De corpos unidos para a eternidade, Deixam de ser dois para formarem um só, Para que o seu corpo sedutor Encante tantas e tantas terras portuguesas...
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