 
  
    	Esperança 
    	Data 07/01/2010 21:55:47 | Tópico: Poemas
 
  |  De que serve a dor, porquê o choro sem ter lágrimas Secaram-se num dia de Maio, o chão as engoliu Os lírios murcharam, e as aves fugiram, ninguém as viu O sol tapou-se nesse momento, foi dia de eclipse
  Mas, após o breu gélido, a vida voltou e sorriu Sabes meu amor, nem sempre as rosas florescem Nem sempre as nuvens enegrecem As rosas caiem antes de abrir, as nuvens ficam brancas
  Como branca é a flor da oliveira Sabes meu amor, a vida é sobranceira Mas, a luzerna de sol engrandece o dia Ao virar da esquina, uma porta aberta
  Sabes meu amor, a seguir ao eclipse As aves, voaram pelas janelas escancaradas Os prados verdejantes lhes deram de oferta A seiva da vida, em esperança renovada.
  Júlia Soares (pseudónimo de Antónia Ruivo)   Vocês merecem que mostre a cara.
 
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