Entre os múltiplos ramos do arvoredo,

Data 08/01/2010 10:22:29 | Tópico: Sonetos


Entre os múltiplos ramos do arvoredo,
Arcaicas fantasias se permitem,
E quando sons diversos já se emitem,
A vida conta mais do seu segredo,

E em meio às tais insânias, eu concedo
Extremas ilusões que ainda agitem
Enquanto turbilhões volvendo imitem
Antigas sensações, no eterno medo...

São aves e primatas, ecos, risos,
Intensos gargalhares, gritos, mortes.
Assim se repetindo velhas sortes,

Que às vezes não professam mais avisos,
Ao longe desta turba quase insana,
A fera mais audaz, suprema, humana...

Marcos Loures



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=114131