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Data 08/01/2010 22:48:05 | Tópico: Textos



diziam-me do vento as mãos de cal, em sombra de relva, falavam-me de dentro do peito como se desenterrassem as palavras, como quem assim escavasse fundo buracos ou lavrasse os sentidos. [ é de noite que se ouvem os grilos a comerem silêncio]
às vezes era a tristeza da noite que me coagulava os medos, quando sentada ao pé das mãos ficava na espera de quem espera um coração. é dicícil acreditar da noite o dia seguinte quando não se tem onde meter a solidão.



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