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Data 13/01/2010 15:43:48 | Tópico: Poemas

conservo a tua voz no sertão da minha memória,
como um eco rasgando as entranhas do abismo;
afago com um pensamento antigo
a face agreste da saudade
e sinto os teus olhos suspensos,
postos na imprecisão de outra sombra.

procuro teu corpo
nas horas sem escândalo da tarde
e deito-me, pó,
em teu rio ex-tinto.



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