tudo em mim por ora se esquece

Data 14/01/2010 20:18:39 | Tópico: Poemas

do braço longitudinal
se estende o espaço
num prolongamento do ar
respirado em matéria
dura, aparente.

ultrapasso o sofrer
pelos corredores da história
alheando-me do sentido das coisas.

e respiro
em compasso
com um vento abstracto
do tudo o que ignoro.

sinto um cansaço
do tudo,do nada, que me sinto ser.

encho-me do vazio e vejo.
peão aleatório de uma ordem absurda.
caos
que se tenta cumprir
cego.

toda a razão se desvanece
nesta dimensão invisível
que pressinto.

um passo.

palavras que são gaiolas.

alucinação.

e

tudo em mim por ora se esquece.



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